Era um par, um casal ao luar.
Dois que se tornam um, ainda que sendo dois, ainda que sendo pares.
Um par de mãos que me convidam a ser.
Um outro par preparava aos seios, um outro par.
Um par que nutre, um par que banha.
Aos cabelos um par de mãos suaves.
O mesmo par que confia aos cuidados do saber.
Minhas mãos às mãos de quem me guia ao viver.
Muitos pares e me deparo com o crescer.
Agora minhas mãos! Meus próprios pares que se vestem para lutar!
O mesmo par que me alimenta e me transpõe à dormir e acordar.
Os dias, os anos, tudo agora vem aos pares.
Nesta hora são os olhos, os pares que miram outros pares.
Era um par, um casal ao luar.
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